| Resumo: | Este estudo trata da inclusão na Educação Superior e se propõe a entender como ocorre o percurso acadêmico do estudante com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A pesquisa é qualitativa, de cunho exploratório e utiliza como ferramentas de coleta de dados a entrevista semiestruturada, realizada com os profissionais especializados do Núcleo de Apoio à Educação Inclusiva, com os professores e com os coordenadores de cursos da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Os dados obtidos por meio das entrevistas semiestruturadas foram analisados a partir da Análise Textual Discursiva (ATD), de Moraes e Galiazzi (2011). Foi possível perceber que mesmo com algumas fragilidades, o estudante com TEA ingressa na universidade com o auxílio de diferentes apoios, como monitores para auxílio no período do vestibular e pós vestibular, locais reservados para estudo e aplicação de provas, tempo maior para realizar suas atividades acadêmicas. Observou-se a necessidade de formação para todos os docentes para atuarem com o aluno com TEA em suas diversas especificidades, ampliando e construindo conhecimentos acerca do seu processo de ensino, aprendizagem e sociabilidade. Foi evidenciado que a universidade necessita organizar as ações internas já existentes para se tornarem políticas institucionais e garantir o direito desse alunado, dando continuidade ao processo de construção de uma base sólida em sua rede de apoio.
This study deals with inclusion in Higher Education and propose to understand how the academic path of students with ASD (Autism Spectrum Disorders) occurs. The research is configured as qualitative, exploratory and uses as data collection tools, the semi-structured interview carried out with the specialized professionals for Support Center for Inclusive Education, teachers and course coordinators of the Pontifical Catholic University of Rio Grande do Sul (PUCRS). The data obtained through semistructured interviews were analyzed using the Textual Discursive Analysis (TDA), by Moraes and Galiazzi (2011). It was possible to notice that even with some weaknesses, ASD students enter university with help of different supports, such as monitors to help in the entrance exam and post-entrance exam periods, reserved places for study and tests, longer time to perform their academic tasks. It was observed a need for training for all teachers, to work with students with ASD in its various specificities, expanding and building knowledge about their teaching, learning and sociability process. It was evidenced that the university needs to organize the internal actions that already exist to become institutional policies and guarantee the student right, continuing the process of building a solid base in its support network. |
