Abstract: | Paris Hilton é uma das figuras mais importantes da cultura pop dos anos 2000. Na época, ela era perseguida por paparazzi e retratada como uma mulher burra, mimada e fútil. Porém, em 2020, Hilton revelou ter interpretado esse personagem em frente às câmeras por 20 anos. O presente trabalho tem como objetivo compreender como Paris Hilton utiliza do documentário This is Paris (2020) e Paris Hilton: a autobiografia (2023) para a desconstrução das representações construídas pela imprensa cor de rosa. Nos capítulos teóricos, para entender questões como cultura e jornalismo de celebridades, ética e estereótipos de gênero na mídia, foram utilizados como metodologia a pesquisa documental. Teorias como de Butler (2018), na personificação de gênero, e Hall (2016), na representação para a formação de identidade, foram bases para a construção do referencial teórico. O documentário e a autobiografia de Hilton foram tratados a partir da análise cultural (Filho, Machado, 2015). Para compreender as representações de Paris na mídia foram utilizadas reportagens dos anos 2000 na imprensa norte-americana. A partir da análise, evidenciou-se a influência do jornalismo de celebridades em definir pensamentos e comportamentos. Também percebeu-se que os estereótipos de gênero ainda determinam o modo como as mulheres são retratadas na mídia. Paris Hilton is one of the most important figures of the 2000’s pop culture. At the time, she was highly pursued by paparazzi and portrayed as a stupid, spoiled and shallow woman. However, in 2020, Hilton revealed that she had been playing a character in front of the cameras for the past 20 years. The present study aims to comprehend how Paris Hilton uses the documentary This is Paris (2020) and Paris: the Memoir (2023) to deconstruct the representations constructed by the tabloids. In the theoretical chapters, to understand issues such as celebrity culture and journalism, ethics and gender stereotypes in the media, documental research was used as methodology. Butler’s (2018) theory on gender personification and Hall’s (2020) theory on representation for the formation of identity were essential for the construction of the theoretical reference. Hilton’s documentary and memoir were treated based on cultural analysis (Filho, Machado, 2015). To understand Paris representations in the media, reports from the 2000s in the north-american press were used. From the analysis, the influence of celebrity journalism in defining thoughts and behaviors was evident. It was also noticed that gender stereotypes still determine the way women are portrayed in the media. |