Resistência à compressão do concreto: comparação entre Esclerometria e ruptura de corpo de prova

Abstract

Para garantir a qualidade das obras, é fundamental o acompanhamento por profissionais habilitados e a realização de ensaios técnicos para avaliar a resistência à compressão do concreto, seja por método destrutivo, ou não destrutivos. Neste sentido, o presente trabalho visa analisar e comparar a resistência à compressão do concreto obtida por meio de ensaio não destrutivo (esclerometria) e destrutivo, através da ruptura de corpos de prova cilíndricos de concreto moldado em laboratório para três (03) níveis de resistência teórica. Os resultados do estudo demonstram no primeiro traço (15 MPa) que ambos os métodos atingiram a resistência definida, ocorrendo uma variação de aproximadamente 39% na resistência à compressão obtida entre os métodos na idade de 28 dias, sendo que o método destrutivo apresenta menor resistência. Já no segundo traço (25 MPa), a determinação da resistência por meio da esclerometria conduz a resultados superiores em aproximadamente 28%, em relação ao ensaio destrutivo. A menor diferença entre a resistência à compressão obtida por ambos os métodos, ocorreu no traço de resistência teórica de 35 MPa, onde a esclerometria foi superior em apenas 16%, em relação ao ensaio destrutivo na idade de 28 dias. Por fim, diante dos resultados obtidos entre os ensaios de esclerometria e de ruptura de corpos de prova, a resistência obtida pelo método não destrutivo deve ser utilizada com cautela, visando a segurança estrutural de uma edificação, porém pode ser indicada como ferramenta de auxílio ou complementar aos ensaios destrutivos.