Resumen: | A urbanização de espaços envolve cortes e aterros que afetam diretamente a estabilidade dos taludes, especialmente em regiões de alta pluviosidade. Em Porto Alegre, RS onde a média de precipitação anual é de 129,67 mm, a chuva, ao saturar o solo, impacta na coesão, infiltração, erosão e resistência. O Arroio Dilúvio, com 17.605 m de extensão e 12 km canalizados, percorre solos variados, predominantemente de origem granítica e de gnaisses, mas também depósitos aluviais próximos à calha. Essas condições elevam a poro-pressão e reduzem a resistência do solo, contribuindo para a ocorrência de escorregamentos. Estudos prévios, como o TCC de Barbosa (2019), demonstraram que, embora os materiais utilizados tenham resistência ao cisalhamento adequada, houve escorregamentos rotacionais que causaram o colapso. Isso levanta a questão: “As diversas rupturas ao longo do canal são provenientes de instabilidades globais?” O estudo busca responder por meio de pesquisa experimental a causa do colapso, se os modos de ruptura tiveram relação com a resistência ao cisalhamento dos solos na estabilidade global. Os resultados demonstram que as diversas rupturas que ocorreram no Dilúvio não têm relação com instabilidades globais, e sim com problemas de ruptura local. |