Utilize este identificador para citar ou criar um atalho para este documento: https://hdl.handle.net/10923/16852
Registro Completo de Metadados
Campo DCValorIdioma
dc.contributor.advisorParedes, Marçal de Menezes
dc.contributor.authorBortolotti, João Antônio Batista
dc.date.accessioned2020-11-30T12:02:54Z-
dc.date.available2020-11-30T12:02:54Z-
dc.date.issued2020pt_BR
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/10923/16852-
dc.description.abstractPassados dez anos de uma violenta guerra de libertação, a independência de Moçambique foi oficializada em 25 de Junho de 1975, sendo o controle do Estado entregue unilateralmente à Frente de Libertação de Moçambique, movimento presidido por Samora Machel. Nos anos pós-independência seria iniciada uma guerra civil, a partir do surgimento da Resistência Nacional Moçambicana, movimento que operaria grave oposição armada contra as políticas do Estado. Com o gradual agravamento da guerra civil, ao longo da década de 1980 o Estado-Frelimo imaginou e incentivou um projeto de construção de uma nova nação socialista, bem como de uma nova identidade nacional moçambicana concebida a partir da realidade étnica de populações do sul do território, portanto pouco representativa de outras etnias. Tal projeto foi alicerçado na reformulação do significado político de Ngungunhane, último soberano do Império de Gaza, convertido em herói nacional moçambicano e aproximado de lideranças da Frelimo, como o próprio Samora Machel.No que dizia respeito a questões culturais, o discurso oficial por trás do projeto nacional foi modelado a partir de uma retórica de combate revolucionário, a qual caracterizaria o papel exigido de escritores moçambicanos na construção do socialismo. Com esse cenário em mente, na presente dissertação propomo-nos à interpretação de Ualalapi (1987), de Ungulani Ba Ka Khosa, tomada como uma obra literária a relativizar determinados aspectos do contexto de sua produção, nomeadamente a guerra civil e, principalmente, a iconização de Ngungunhane. Buscamos apoio interpretativo em obras publicadas por Ungulani após 1987, mas principalmente em seus textos publicados na Revista Charrua (1984-1986) periódico publicado por um grupo de jovens escritores reunidos com intenções de relativizar as retóricas de intelectual revolucionário e literatura de combate tão caras ao projeto nacional do Estado-Frelimo.pt_BR
dc.description.abstractAfter ten years of a violent liberation war, the independence of Mozambique was officialized in June 25th 1975, and the control of the state was unilaterally given to Mozambique’s Liberation Front, a movement leaded by Samora Machel. During those post-independence years a civil war was initiated, with the emergence of Mozambican National Resistance, a military movement which would operate grave armed opposition against the state policies. With the escalation of the civil war, along the decade of 1980 the State-Frelimo imagined and encouraged a project of constructing a new socialist nation, as well as a new Mozambican national identity conceived from the ethnic reality of the southern populations, therefore little representative of other ethnicities. Such project was based on reshaping the political significance of Ngungunhane, last ruler of the Gaza Empire, to be converted to a Mozambican national hero and approximated to Frelimo’s leaderships like Samora Machel himself. In what related to cultural matters, the official discourse behind the national project was marked by a rhetoric of revolutionary combat which would characterize the role demanded from Mozambican writers in the construction of socialism. With this scenario in mind, in the present dissertation we propose to interpret Ualalapi (1987), of Ungulani Ba Ka Khosa, taken as a literary work that relativizes certain aspects of the context of its production, namely the civil war and, mainly, the iconization of Ngungunhane. We found interpretive support in works of Ungulani published after 1987, but primarily in his texts published in Revista Charrua (1984-1986), magazine published by a group of writers reunited with intentions of relativizing the rhetoric of revolutionary intellectual and combat literature so dear to the national project of Frelimo.en_US
dc.language.isoPortuguêspt_BR
dc.publisherPontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.rightsopenAccessen_US
dc.subjectMOÇAMBIQUE - HISTÓRIApt_BR
dc.subjectMOÇAMBIQUE - CONDIÇÕES SOCIAISpt_BR
dc.subjectHISTÓRIApt_BR
dc.titleUalalapi: ngungunhane e a destruição do Império de Gaza enquanto relativizações do projeto nacional da frelimo e da guerra civil (1982-1987)pt_BR
dc.typemasterThesispt_BR
dc.degree.grantorPontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentEscola de Humanidadespt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Históriapt_BR
dc.degree.levelMestradopt_BR
dc.degree.date2020pt_BR
dc.publisher.placePorto Alegrept_BR
Aparece nas Coleções:Dissertação e Tese

Arquivos neste item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
000498716-Texto+completo-0.pdfTexto completo1,23 MBAdobe PDFAbrir
Exibir


Todos os itens no Repositório da PUCRS estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, e estão licenciados com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional. Saiba mais.