Utilize este identificador para citar ou criar um atalho para este documento: https://hdl.handle.net/10923/24476
Tipo: doctoralThesis
Título: A putrefação das flores: a maternidade na literatura brasileira contemporânea
Autor(es): Ferrão, Ana Carolina Schmidt
Orientador: Barberena, Ricardo Araujo
Editora: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa: Programa de Pós-Graduação em Letras
Data de Publicação: 2022
Palavras-chave: LITERATURA BRASILEIRA
TEORIA LITERÁRIA
MATERNIDADE
LITERATURA
Resumo: Pesquisas como a de Regina Dalcastagné vêm apontando as limitações e os rótulos que compõem as mulheres das narrativas. A representação literária tem o poder de reforçar ou romper com os estereótipos sociais − salvas as ocasiões em que as reproduções de estigmas constituem estratégias narrativas para críticas e denúncias − a construção da personagem implicará no reflexo de um determinado discurso. A representação da personagem mulher, por sua vez, corresponde inúmeras vezes a uma série de estereótipos, que se encarregam de garantir o controle e a opressão de sua voz, seu corpo e sua subjetividade, inserindo-a num padrão imposto socialmente. Nesse sentido, a figura da mãe é historicamente configurada sob um viés idealizado, santificado e — como todo estereótipo — limitante. Inserido nesse debate, o presente trabalho busca analisar as obras “Uma Duas”, de Eliane Brum, “A morte de Paula D.”, de Brisa Paim, “O peso do pássaro morto”, de Aline Bei, “Quarenta dias”, de Maria Valéria Rezende, “A vida invisível”, de Eurídice Gusmão e “A Chave de Casa”, de Tatiana Salem Levy.No intuito de observar como a Literatura Brasileira Contemporânea escrita por mulheres aborda a maternidade e a mãe, pois como afirma Dalcastagnè (2010, p. 42), "O termo chave, nesse conjunto de discussões, é "representação", que sempre foi um conceito crucial dos estudos literários, mas que agora é lido com maior consciência de suas ressonâncias políticas e sociais". As obras serão lidas a partir de minha perspectiva feminista em diálogo com aportes teóricos que sustentem o estudo de temas como subjetividade, estereótipo, identidade, performances de gênero, por meio de autores como Elisabeth Badinter, Judith Butler, Stuart Hall, Homi Bhabha e Pierre Bourdieu. Para tal, traremos uma retrospectiva de representações da figura materna em obras clássicas da História da Literatura nacional, observando as características, semelhanças e rupturas na elaboração da personagem mãe, no intuito de constatar a ruptura com a representação sacralizada, fixa e desumanizante da maternidade. Em consonância com essas discussões apresento ainda uma coletânea de narrativas curtas de minha autoria, bem como cartas endereçadas a meu filho, inserindo assim o viés ficcional do trabalho.
URI: https://hdl.handle.net/10923/24476
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